Suzano, 6 de julho de 2011 - Apesar de todos os problemas apontados sobre a falta de segurança na região central, os comerciantes que participaram da reunião na sede da Associação Comercial e Empresarial de Suzano (ACE) com representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Prefeitura de Suzano e da Câmara não foram informados sobre ações efetivas e imediatas para conter a onda de assaltos e furto a estabelecimentos comerciais. Cobrado sobre a instalação de câmeras de monitoramento, o Executivo se esquivou e justificou a falta de segurança alegando pouco investimento por parte do governo estadual.
De acordo com o secretário de Defesa Social e Prevenção à Violência, Hamilton Luiz da Silva, apenas 12 câmeras operam na região central de Suzano e que os equipamentos não são a solução para resolver o problema de insegurança. Segundo ele, o Executivo implantará um Gabinete de Gestão Integrada Municipal, que reúne as Polícias Civil e Militar e a Guarda Civil Municipal, mas sequer informou um prazo para que o recurso entre em operação. Em cidades menores, como Poá e Ferraz, já existem gabinetes formados e em funcionamento.
Por parte da Polícia Militar, representada pelo capitão Hiram Gouveia, o compromisso firmado é que as reivindicações recebidas ontem serão encaminhadas para estudo da corporação. Sobre a construção de bases da PM na região central, a possibilidade foi descartada pelo oficial. "É um método ineficaz que limita o campo de atuação do policial. Nós vamos discutir internamente a utilização de bases móveis e outras ações que possam melhorar a situação", explicou.
Para o presidente ACE, André Loducca, a reunião foi importante para que se apontassem os principais problemas, mas lamentou a falta de soluções rápidas. "Eu percebi boa vontade de todos os envolvidos, mas tudo depende de aprovação do superior, cronograma e autorização. Cabe a nós agora cobrar uma solução", completou.
Nova reunião
Um novo encontro deve ser realizado na próxima semana entre a direção da ACE e seus associados, que apresentarão sugestões de medidas de segurança para que se evitem novas ocorrências. "Vamos separar as idéias mais objetivas e viáveis", ressaltou Loducca. Dentro de um mês, os órgãos competentes informarão quais projetos poderão ser aplicados de fato.
Entre os proprietários dos estabelecimentos comerciais o clima é de insegurança e indignação. Para o comerciante Emerson Bissaco, que teve sua loja roubada duas vezes somente neste ano, as reuniões precisam ser frequentes. "Nós precisamos manter esse diálogo e acabar com as promessas, que são muitas", reforçou
Foto: Guilherme Berti
Fonte: Diário do Alto Tietê
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